quinta-feira, 28 de junho de 2007

Quem tem medo de Jader Barbalho?

Para quem não lembra do Jader Barbalho, ele já foi Senador da República e igualmente Presidente do Senado Federal, o que o faz, ou fez, à época, Presidente do Congresso Nacional.
Igualmente fez parte do escândalo do painel eletrônico, que levou à sua renúncia, a do então senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-DF) e José Roberto Arruda (DEM-DF), que teve início em março de 2000 quando, após um bate-boca entre Jader e ACM, então presidente do Senado, o Conselho de Ética aprovou um voto de censura contra os dois.
No início de 2001, Jader, envolvido em denúncias de corrupção, e ACM e Arruda, em vias de terem processo de cassação aberto pelo Conselho de Ética, renunciaram aos mandatos. Nas eleições de 2002, Jader e Arruda foram eleitos deputados federais e ACM retornou ao Senado. Arruda é hoje governador do Distrito Federal e Jader Barbalho se reelegeu deputado.
Somente no STF, o atual Deputado Federal Jader Barbalho responde aos seguintes processos:

Ação Penal 339 - Crime contra o sistema financeiro nacional, evasão de
divisas;
Ação Penal 374 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa, lavagem de dinheiro;
Inquérito 1332 - Crime contra a administração pública, peculato;
Inquérito 1830 - Crime contra o sistema financeiro nacional, obtenção de financiamento mediante fraude;
Inquérito 2051 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas e organização criminosa;
Inquérito 2052 - Crime contra a administração pública, peculato;
Petição 3149 - Natureza não informada

Só para que conheçamos um pouco mais este representante do povo, vejamos do que trata 2 dos processos apontados:

a) Inquérito 1332 -o acusa de ter cometido crime de peculato (utilização de cargo público para se apropriar de bens ou dinheiro). O parlamentar foi denunciado devido a indícios de ter se apossado indevidamente de recursos financeiros do Banco do Estado do Pará (Banpará), em 1984, quando era governador do estado.
b) Inquérito 2052 - O inquérito apura indícios de irregularidades no pagamento de indenização supostamente supervalorizada pela desapropriação do imóvel rural Vila Amazônia, no Pará. Na espécie, o decreto expropriatório fora publicado e, proposta a ação de desapropriação, disponibilizado o valor de indenização em Cz$7.543.426,45 (sete milhões quinhentos e quarenta e três mil quatrocentos e vinte e seis cruzados e quarenta e cinco centavos), o que fora aprovado pelo então Ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário.
Posteriormente, o deputado federal, ora denunciado, assumindo esse cargo ministerial, veio a formular nova proposta de acordo, elevando o valor indenizatório para Cz$313.120.000,00 (trezentos e treze milhões cento e vinte mil cruzados), baixado portaria e autorizado a celebração do ajuste. Esse valor, convertido em títulos da dívida agrária, por meio de portaria, ainda implicara a elevação do montante indenizatório de Cz$100.000.000,00 (cem milhões de cruzados).

Sabia que para prestar concurso público, até mesmo para gari de prefeitura, você precisa apresentar a certidão negativa de todas as justiças? Pois é, já pra ser político...

Além de agora estar igualmente sendo investigado pelo fato de transferir sua concessão da endividada RBA (Rede Brasil Amazônia de Televisão Ltda) para a empresa Sistema Clube do Pará, saneada. Até março, a RBA devia R$ 82,4 milhões à Receita Federal, ao INSS e ao Fundo de Garantia. No dia 21 de dezembro de 2006, o presidente Lula assinou um decreto autorizando a transferência.

Mas peraí, o art. 54 não veda expressamente aos parlamentares, contratarem com a administração pública? Por tudo, onde estamos???

Sabe quantos investigados o STF já conseguiu concluir julgamento?
Nenhum!

Viva o país da impunidade, da pizza!

Um comentário:

Anônimo disse...

Não há o que comentar, ou melhor, há o que lamentar. =/



Viva o país da pizza!!