quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A juizite e a advocacia

Não é novidade pra seu ninguém o quanto advogados, cidadãos e qualquer mero mortal sofre ao tentar falar com alguma V. Exa., o juiz. Alguns juízes, como corre a boca pequena, padecem de um mal denominado juizite, aparentemente sem cura. Esse mal os faz ter a certeza que são verdadeiras entidades divinas corporificadas sob o espectro humano, em solo terrestre.

Quem nunca tomou chá-de-cadeira (sem bolachas) aguardando V. Exa. desocupar de seus afazeres celestiais?

Com a finalidade fazer chegar aos magistrados (maus) a lei terrena de que todos são iguais perante a lei, que aqueles existem para servir, a OAB está dando um importante passo para valorização da classe advocatícia, e para o exercício da cidadania.

O conhecimento das prerrogativas profissionais dos advogados deve ser conteúdo obrigatório a ser cobrado nos exames e concursos públicos para a Magistratura, Ministério Público e demais carreiras jurídicas.

A proposta foi apresentada durante sessão plenária da OAB nacional pelo conselheiro federal pela OAB-DF, Evandro Luís Castello Branco Pertence. A proposição fará parte da Campanha de Valorização da Advocacia e em prol do direito de defesa, encampada pela entidade.

7 comentários:

Anônimo disse...

Jório, meu querido. Lendo esse seu novo texto, lembro-me perfeitamente de um debate em sala de aula onde o tema em questão era: Exsite ou não hierarquia?!?!?! E olha lá, quase que esse tema vem a tona. Isso de uma certa forma me conforta, por que sei que em sala de aula a TEORIA é o que nos vem, mas ao sair da faculdade, nos vem a PRÁTICA o que torna a coisa pior. Há um longo passo entre a teoria e a prática. E vale ressaltar que nem sai dos bancos da faculdade, mas vivencio na velha prática situações que muitas vezes fogem da teoria de sala. Mas, veja bem, o que falaste em não ter hierarquia, concordo, em tese, há controvérsia. Existem sim, juizes arbitrários que se julgam deuses e que intimida um advogado. Imagina só um recém formado e um juíz desses?? Ai, diga-me: Por que um estagiário não pode falar com um juiz, já que somos todos iguais perante a lei??( isso é um sofrimento, viu?) Não dá para compreender!
Isso não é um pensamento conformado, não mesmo!É um protesto!Porém, existe a OAB, salve, salve..E viva as representações, viva!
E depois, não me venha com aquela música, viu?!?!
Gostei muito desse tema. Recordar é viver!
Ah.. não sou SUBSERVIENTE ( antes q vc me chame).

Yyyyyyuuuuuuuuuuuhhhhuuuu!! É um sentimento!

Jório Martins disse...

De fato, muitas vezes o que estudamos nos bancos acadêmicos, quando vivenciado lá fora, a coisa é diferente.
Todavia, a diferença pode ser feita ao não aceitarmos a imposição da subserviência.
Já diz um ditado popular, quem muito se abaixo, o fundo das calças aparece.
Quando se estuda, é para obter argumentos suficientes para convencer alguém de que algo está errado. Assim, o conhecimento deve ser utilizado como uma arma benéfica.
Simplesmente aceitar as dificuldades impostos por pusilânimes à justiça, é curvar-se a, novamente, suberviência.
Meios existem de se contornar tudo isso. As instituições são todas providas de ouvidorias, corregedorias, e, em última instância, por que não utilizar do Conselho Nacional de Justiça?

Anônimo disse...

Resolvi dar uma passada por aqui e, ao ler esse texto, lembrei de uma situação bastante comum: advogados que muitas vezes exigem o "doutor" antes do seu nome. Visto que antigamente era muito difícil cursar o ensino superior, aqueles que o conseguiam eram os chamados "doutores", entre estes os principais seriam os médicos, advogados e engenheiros.Acredito que essas pessoas acabavam criando um certo distanciamento daqueles que apenas possuíam o ensino médio ou fundamental,parecendo superiores em função disso.
Sabe-se hoje que doutor é um título por ter cursado um doutorado, produzindo conhecimento e procurando compartilhar com o meio científico. Por isso, creio que o "doutor" para advogados, médicos, engenheiros, muitas vezes é erroneamente empregado, pelo fato de alguns profissionais ainda se sentirem "superiores" e exigirem tal denominação, quando os reais doutores estão por aí, espalhados em diversas carreiras e na maior parte do tempo não sendo reconhecidos como tais.
Bom, essa é a minha opinião, procuro divulgar sempre essa informação, mas a questão histórica ainda é muito enraizada na nossa cultura, sendo assim, o flanelinha que te avista dentro de um carro, sempre vai falar..."Estaciona aqui, doutor"... risos...

Anônimo disse...

Pronto, vc então chegou no ponto "X" da questão, admitindo a diferença das coisas. Teoria e prática. Passamos horas a fio, noites e madrugadas a estudar exatamente para podermos de uma forma de melhoramento mostrar a realidade das coisas e não aceitarmos a tão referida "subserviência". É óbvio que não se pode aceitar! Qnto ao ditado popular ora transcrito, fica a pergunta: então é melhor ficar numa inércia e não se abaixar, sem lutar, ou, deixar que os fundos das calças apareçam, porém garantir um direito??
Bom, acho que nesse sentindo, meu preclaro amigo, seu texto abrilhanta meus interesses pela vida jurídica, sendo ela um desfio que irei enfrentar. Desejo veemente. Grata por todo conhecimento adquirido no longo dessa nossa célebre e feliz amizade!

Ps.:adoro esse tema! =)

Amplexos,

Micheline Morais

Anônimo disse...

Belíssimo comentário querida Micheline!Acompanho o blog de Jório já a algum tempo, mas só hoje resolvi postar algo.Observo sempre os comentários também, e acho os seus de grande inteligência e coerência.Parabéns.
E me desculpe Jório, mas não pude deixar de tecer elogios a ela.Seu blog também é de muito bom gosto!
Abraços, Lauro Fontes.

Jório Martins disse...

Olá Lauro Fontes!
Obrigado pelo comentário e pelo elogio.
Registro também meu apreço pelos sempre bem colocados comentários da leitora Micheline.
Igualmente informo que a minha opinião relativamente às impressões daquela não são díspares, ao revés. Talvez apenas a reação não seja a mesma, a da irresignação.
Muito me alegra o crescimento dos comentários, especialmente dos diversos níveis que tem aparecido, indicando uma pluralidade de leitores, com uma diversificada carga de conhecimento.
Se esses comentários surgem, especialmente em tópicos mais palpitantes, significa dizer que o propósito está sendo alcançado: além de expressar minhas idéias, fomentar a discussão e análise, bem como tornar um local de fácil leitura e acesso fácil, bem como amplamente democrático!
Obrigado Lauro, por sua primeira participação, e ficaria muito grato com as futuras!
Um abraço a todos.

Anônimo disse...

Eh!!!!!A senhorita Micheline Maylen eh uma comentarista exemplar dos post do dono do blogger. Merece os meus parabéns também.

Rose.