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Aí vai:
"04/07/2007 Palocci não aprendeu nada
Quando Napoleão foi derrotado pelos ingleses em Waterloo, o marquês de Talleyrand, um dos mais refinados políticos do seu tempo, lutou pela volta da dinastia de Bourbon ao trono da França, e a coroa foi para Luís XVIII.
Mas o monarca e seu sucessor, Carlos X, demonstraram a mesma arrogância, o mesmo desprezo pelo povo, que levaram Luís XVI e Maria Antonieta à guilhotina. Não aprenderam as lições da Revolução Francesa.
Em vista disso, Talleyrand cunhou a frase que ficou famosa, a respeito dos Bourbons: “Não aprenderam nada e não esqueceram nada.”
E por que cargas d’água estou trazendo este assunto ao blog?
Porque assisti hoje, no Bom Dia, Brasil, a uma cena que cabe como uma luva na frase de Talleyrand: o atual deputado Antonio Palocci (PT-SP), dando uma carteirada no aeroporto de Guarulhos ontem à noite.
Absolutamente olímpico e indiferente ao sofrimento de centenas de pessoas que penavam mais um dia de completo caos nos aeroportos.
Como ministro, Palocci cometeu um dos maiores crimes num regime democrático: como agente público, usou a mão pesada do Estado para intimidar um cidadão indefeso.
Isto é inadmissível na democracia.O ministro da Fazenda é dono dos nossos segredos. Não pode utilizá-los em proveito próprio, para nos intimidar.
Desde a Magna Carta, em 1215, o cidadão vem sendo protegido contra o arbítrio do Estado e seus agentes.
O que Palocci fez com o caseiro Francenildo é imperdoável. Crime hediondo mesmo.Mas isto é Brasil, o país da impunidade dos poderosos. Palocci foi eleito deputado e desfila garboso pelos salões do país, enquanto o caseiro Francenildo está desempregado.
Afinal, quem quer contratar um caseiro “dedo-duro”?!
Pois ontem, Palocci mostrou que, tal como os Bourbons, não aprendeu nada nem esqueceu nada.
Não aprendeu que não se pode usar a função pública em benefício próprio, não aprendeu que ser agente público é para servir ao público e não se servir do público, não aprendeu que precisa prestar contas de seus atos à sociedade.
Mas Palocci também não esqueceu como se dá uma boa carteirada. Não esqueceu que no Brasil todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais do que outros.
Pobre país."
Um comentário:
"Sobre Formigas e Cigarras".
Ele conta no livro os "bastidores" dele como Ministro da Fazenda do primeiro mandato do Presidente Lula, de 2003 a 2006. Parece-me que conta com detalhes a crise que o levou a pedir demissão!!!!!
Olha, eu queria saber como estão as vendas deste livro, queria saber na verdade, por que alguém compraria esse livro...
Arre eras!
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