Na tarde de ontem os Deputados aprovaram em primeiro turno, a prorrogação da provisória contribuição sobre a movimentação financeira de nosso suado dinheirinho.
No post "A CPMF vai virar imposto" existe um breve histórico para que você leitor, compreenda a trajetória de vida dessa "contribuição".
Após a derrota da democracia quando da absolvição do Senador Renan Calheiros, a oposição ventilou a possibilidade de boicotar a votação da CPMF como forma de retaliação. Claro, o barulho não ecoou longe porque o farfalhar das cédulas de dinheiro que foram distribuídas pelo governo, abafou o ecoar do som gutural da oposição. Chateados que estavam com a absolvição do enlameado Renan, receberam um cala-boca em forma de verbas para seus projetos e seus Estados.
É essa a moeda de barganha polítca em nosso país. Não se pode mais falar em casa de representantes do povo para a Câmara dos Deputados, nem de representantes dos Estados e Distrito Federal para o Senado da República. Os interesses são os pessoais, a serem injetados nos currais eleitorais (lembrei agora dos bois do Renan) e perpetuar esse clientelismo.
Como digo alhues, não guardamos mais qualquer identidade com aquele que votamos.
Afirma-se que a CPMF é uma fonte de renda hoje indispensável. Mas, como assim? Cansamos de ver desvios de verbas (nome bonito para roubo do dinheiro público), obras se não inacabadas, se quer iniciadas, propinas, corrupção, TRT de São Paulo (ex-juiz Nicolau Lalau), estradas sonrisal (não podem ver água que desmancham), pontes que ligam nada a coisa alguma! Se o nosso dinheiro não fosse tão violentado diuturnamente, daria e sobrava ainda um troco para a saúde.
Haja saúde...
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