No princípio, era o verbo! Como dito na postagem inaugural, pretendo fazer desse blogo o filho substituto para o orkut. Seus comentários serão sempre benvindos, desde que respeitosos, ainda que contrários às minhas impressões. Entre e sinta-se em casa.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
BBB - Big Brother Brasil ou Big Besteira Brasil?
Alguns irão achar que registro isso pra ver se o blog dá o maior crowd, nesse estilo mais hard core, um estilo mais in do que out, tudo para rolar um upgrade no número de leitores do blog.
Para quem não sabe, na Espanha, o programa foi obrigado a "traduzir" o seu nome para Gran Hermano, assim como todos filmes (películas) exibidas nos cinemas são dubladas, e não lengendadas como no Brasil.
Andei lendo algumas reportagens a respeito do BBB, informando que a audiência está baixa, que é a pior de todas as edições, etc e coisa e tal. Também pudera, nem novela possui um público tão homogêneo como os "brothers". Aquilo não é Brasil, ali não há "brotherhood" nenhuma, nem "big", nem "small". O que há é uma grande alienação daqueles que assistem o programa, todos preocupados em expiar a vida dos outros e um desespero para aparecer em cadeia nacional ou faturar os prêmios, especialmente o mais pompudo de R$ 1mi.
Acredito que esse tipo de programa, a exemplo de outros que já existiram sob diversas modalidades, mas mesmo pano de fundo, deve-se ao fato de que no Brasil experimentamos um isolacionismo cada vez maior. Condomínios são verdadeiras fortalezas, isolam pessoas do convívio social, tornando cada vez mais distante aquela visão bucólica de sentar na calçada, conversar, "se apronchegar" e espiar a vida alheia. A rua foi transformado numa telinha de algumas polegadas, no qual espécimes exibem seus semblantes em cadeia nacional, vulgarizando a alma e o espírito.
Desculpem a sinceridade, mas acho que se serve para alguma coisa, o BBB se presta apenas como experimento psicológico e olhe lá! Estudo do comportamento da espécie humano pouco racional.
Se quiser de fato tornar aquele programa interessante, poderia confinar naquele ambiente, diversos tipos de diversas classes de diversos níves. Até parece que em nosso país tropical, todos possuem aquela silhueta que exige horas de academia, praia, surf, cabelereiro, salão, tudo para montar aquele visual venal. Viva a diversidade humana!
Aos que gostam ou defendem o BBB, gostaria que mostrassem algo positivo que se pode extrair da teia de intrigas e traições que são cosidas durante os meses de duração.
Bom, o fato é que o programa chama atenção, até a minha! Mas, acho que não vou escrever muito mais sobre isso não, nem o assisti, ainda...
Um abraço, my brother!
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Mudanças com o novo IOF
- Cheque especial
A alíquota do IOF passa de 0,0041% ao dia sobre 0,0082% ao dia, com cobrança no final do mês. Além disso, haverá a incidência de 0,38% sobre o valor do cheque especial utilizado durante o mês.
- Cartão de crédito
A cobrança de IOF só ocorre quando o titular não faz o pagamento integral da fatura no dia do vencimento e rola o saldo devedor. Ele passará a pagar um IOF de 0,0082% ao dia mais 0,38% sobre o valor da dívida.
Essa cobrança pode ocorrer também em alguns parcelamentos por meio de cartão de crédito, em geral quando há a incidência de juros.
- Cartão de crédito internacional
As operações com cartão de crédito no exterior passam a ter alíquota de IOF de 2,38% --antes eram de 2%. As compras feitas em dezembro e com vencimento da fatura em janeiro não sofrerão esse acréscimo.
- Seguros
Todas as alíquotas foram acrescidas em 0,38%. No caso do seguro de bens, ela passa de 7% para 7,38%. O seguro saúde passa de 2% para 2,38%. Já os seguros pessoais, como o de vida, passam a ter uma alíquota de 0,38% --antes a alíquota era zero.
O mesmo ocorre com o DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores).
O seguro obrigatório para aquisição de imóvel por meio de financiamento, resseguros, seguro para crédito à exportação e aeronáutico continuam com alíquota zero.
- Operações de Câmbio
As operações com cartão de crédito no exterior passam de 2% para 2,38%. Já os empréstimos feitos no exterior com prazo médio de 90 dias passa de 5% para 5,38%.
No demais caso, a alíquota era zero e agora passa a ser de 0,38%: importações de serviços e exportação de bens e serviços.
Operações de câmbio para importações de bens e investimentos estrangeiros no mercado de capitais seguem com alíquota zero.
- Operações que tinham alíquota zero e agora passarão a pagar 0,38% de IOF
- Crédito tomado por cooperativas
- Operações entre cooperativas e seus associados
- Crédito rural
- Crédito para exportação
- Penhor
- Repasses do Tesouro Nacional
- repasses do BNDES com recursos do Finame (compras de máquinas e equipamentos)
- crédito do governo para formação de preço mínimo de produtos agrícolas
- operações que utilizam títulos como garantia
- operações relativas a transferência de bens objeto de alienação fiduciária
- adiantamento do valor do seguro de vida
- aquisição de ações no ano do plano nacional de desestatização
O paradoxo da CPMF e pacote fiscal
Uma das mudanças operadas pelo governo foi alterar o IOF. O IOF - Impostos sobre as Operações Financeiras - incide sobre operações de crédito, de câmbio e seguro e operações relativas a títulos e valores mobiliários. Porrtanto, bem diferente da CPMF, que só surrupiava nosso dinheiro quando precisávamos dele.
Com o IOF é o contrário. Não temos dinheiros, mas precisando de crédito na praça. É ainda onde mora o perigo.
Imaginemos que geralmente as classes C, D e às vezes a B, utiliza de crédito. Especialmente para comprar uma geladeira, fogão, aparelho de DVD, microcomputador, bicicleta, televisão, tudo parcelado no carnet pelo crediário da própria loja, ou no cartão de crédito, muitas vezes nem pagando o mínimo. Fazendo as contas na ponta do lápis, com o aumento da alíquota do IOF de 1,5% ao ano para 3% ao ano, supera o que se pagaria de CPMF para adquirir o mesmo bem.
Trocando em miúdos, se alguém comprar algo a prazo, deixa agora de pagar CPMF, mas em compensação, paga muito mais IOF do que se ainda existisse o famigerado imposto do cheque. Questiona-se: quem utiliza mais de financiamento? Qual classe social? Ah... mas não tem problema, vem os programas assistencialistas e repõe a perda da renda! Simples assim? Não! O IOF é mais silencioso que a CPMF, um câncer, que mina a longo prazo, embutido, no bolso de quem precisa contratar a crédito.
Parece que acabando com a CPMF, o vencido governo deu o famoso jeitinho de cobrir a cabeça, mas descobrir os pés, do povo já sacrificado.
Outra coisa que não se fala mais. Muito foi reverberado pelo governo que o fim da CPMF iria acabar com investimentos públicos como: estradas, portos, aeroportos, infraestrutura, concursos públicos, etc e tal. Pois bem, mas vem cá, não era a CPMF pra cuidar da saúde não?
Haja aspirina e lexotan!