É incrível, queridos amigos, a brincadeira política nesse país.
Tão logo o STF e o TSE pronunciaram-se a respeito da fidelidade partidária, foi desengavetado em prazo recorde uma PEC que trata justamente da matéria.
Parece até briguinha de colégio, sabe? Quando o moleque diz que o pai dele é mais forte do que o do outro? Pois bem, o "Poder" legislativo, numa tentativa infeliz de mostrar que é ele quem legisla na República de Renan Calheiros, depois que o STF bate o martelo, quer sobrepor-se a decisão, por edição de emenda ao texto constitucional. Leia-se, o Legislativo: "Tá vendo, quem vai resolver mesmo somos nós, os mensaleiros e os absolvidores do Renan".
É triste, novamente, ver o oportunismo, a falta de coerência, a inércia e letargia dos detentores do poder.
Tanto tempo que se teve para levar adiante a PEC, mas, o processo legislativo atolado no lameiro Renan Calheiros, simplesmente esqueceu-se novamente, de votar as matérias relevantes para a nação.
Pela voz de Rita Lee, reafirmo: "já dizia Charles DeGaulle: esse país não é sério!".
Ponto final.